Adoro pockets. Além de mais baratos, são mais fáceis de manusear, guardar, etc. Sempre compro mais de um por vez.
Finalizei ontem "O Capitão saiu para o Almoço e os Marinheiros tomaram conta do Navio", do Velho Safado, também conhecido como Charles Bukowski.
Nada mal, levando em conta que comecei a ler na véspera de Natal, à tardezinha. O livro, digo o objeto, não o conteúdo, é médio. As ilustrações magníficas do Robert Crumb às estão nos capítulos errados, ora atrás, ora à frente. A letra é gigantesca. E, ainda assim, não passam de cento-e-poucas páginas. Imagine se não fosse pocket. Aí, os editores teriam de fazer mágica.
Achei o livro por acaso. Estava procurando "Coraline", novo do Neil Gaiman - o de Sandman? Ele mesmo -, que não tinha e, pra não perder a viagem, acabei dando uma olhada na prateleira de pockets da L&PM.
Como a grana anda curta - nem anda tão curta assim, mas PRECISO fazer alguma economia -, achei umas coisas que até queria levar, mas afinei.
Isso, no entanto, mudou repentinamente no exato momento em que achei o livro acima citado.
Pra começo, eu acho o título fantástico. Bukowski é o Jesus & Mary Chain da literatura, ao menos no que se refere a títulos. "A Mulher mais Linda da Cidade" (eu, particularmente, acho que ficaria melhor "A Menina mais Bonita da Cidade"), "Crônicas de um Amor Louco" e esse do Capitão.
Confesso que não sabia ao certo do que se tratava. Tinha apenas tomado conhecimento de uma ou outra citação. Uma, que me recordo com exatidão, é a do começo do Livro "29,99", de Frederic Beigbeder. "O capitalismo sobreviveu ao comunismo. Só lhe resta agora devorar a si mesmo."